Curta

Record/Play

João Miranda

João Miranda

·2 min de leitura

Record/Play parte do tema mais popular da ficção científica: viagem no tempo. E fá-lo sem entrar em extravagâncias.

Jesse Atlas apresenta uma curta sci-fi sem aliens ou armas futurísticas, mas com uma belíssima simplicidade inteligente e emocionante. Um leitor de cassetes é acidentalmente alterado e a pequena cassete com a última mensagem de uma mulher para o seu viúvo torna-se num túnel de transporte para esse fatal instante no tempo. A partir daí o objetivo é simples: salvar a sua amada. Alterar o curso do passado parecia à partida mais fácil. No entanto, a causalidade dos acontecimento é inimiga da personagem principal e leva-a a tomar medidas drásticas. O conceito base pode pedir do espectador um alto grau de “suspension of disbelief”, mas assim que se passa essa etapa e se aceita o mundo que nos é apresentado, tudo flui perfeitamente. Mais prolífero no mundo dos documentários, Jesse Atlas tem em Record/Play uma das duas curtas de ficção que realizou. Um currículo curto que pode aumentar a breve prazo graças a esta bem executada obra. Jesse está de momento a desenvolver uma longa-metragem com base na sua curta que planeia pegar na premissa base da curta e produzir uma história muito mais abrangente. Esta curta-metragem norte-americana foi premiada com o Audience Award no New York City Short Film Festival de 2012, juntando a esse prémio duas nomeações: a primeira para o prémio de Outstanding Independent Short Film no Black Reel Awards de 2013 e a segunda para o Short Film Grand Jury Prize no Sundance Film Festival de 2013.

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